Assim como no português, a voz passiva em inglês é uma forma de construção de uma frase na qual o destinatário da ação – aquele que se submete à ação – é apresentado antes do verbo que diz respeito ao mesmo. Nesse tipo de construção, o agente da ação toma uma posição de “menos importância”, às vezes até estando completamente ausente.
O uso da voz passiva em inglês não significa uma falta de ação – essa nomenclatura se refere somente à forma como o verbo é utilizado na frase.
Assim, enquanto a voz ativa, à qual estamos mais habituados, utiliza a fórmula “Agente da ação + Ação (Verbo) + Destinatário/Resultado da Ação”, a voz passiva expressa uma ideia a partir do formato “Destinatário/Resultado da Ação + Ação (Verbo) + Agente da Ação”.
Apenas verbos transitivos (aqueles que necessitam de objetos diretos ou indiretos) podem ser expressos na voz passiva.
Para ilustrar o uso da voz passiva em inglês, temos, por exemplo:
Voz Ativa
She picked up the bags
(Agente da ação) (Ação) (Destinatário/Resultado da Ação)
Voz Passiva
The bags were picked up by her
(Destinatário/Resultado da Ação) (Ação) (Agente da ação)
Com o emprego da voz passiva em inglês, o agente da ação (aquele que faz a mesma acontecer) aparece somente no final da sequência, ou então nem é mesmo mencionado na construção da frase.
Por exemplo:
Voz Passiva
The bags were picked up
(Destinatário/Resultado da Ação) + (Ação)
Como formar a voz passiva em inglês?
Uma sentença formada com a voz passiva em inglês é composta dos seguintes elementos:
- O sujeito (destinatário/resultado da ação);
- O verbo “to be” em determinado tempo verbal
- O verbo da ação em questão no particípio;
- Em alguns casos, o agente da ação (introduzido por “by”);
- Em alguns casos, outros complementos específicos.
Por exemplo:
- (1) Sujeito + (2) verbo “to be” + (3) verbo no particípio + (4) agente da ação + (5) complemento
- (1) The party (2) was (3) shut down (4) by the police (5) a couple hours ago
Usar a voz passiva em inglês é errado?
Quando escrevemos em inglês e utilizamos ferramentas como corretores ortográficos, é comum que notemos advertências quanto ao uso excessivo da voz passiva.
Entretanto, isso não quer dizer que seu uso é algo gramaticalmente incorreto.
Uma vez que a aplicação da voz passiva em inglês inverte a progressão lógica das ideias em um texto, algumas dificuldades de leitura podem surgir. Assim, muitos escritores preferem evitar a voz passiva sempre que possível justamente por seu uso excessivo colaborar para deixar um texto menos claro.
Como mencionado, a utilização da voz passiva é capaz de enfatizar o destinatário ou resultado de uma ação – e, às vezes, isso é exatamente o que queremos fazer no texto.
Se estamos falando de um objeto como, por exemplo, um prédio, e queremos apontar que o mesmo sofreu renovações no ano anterior, é comum que digamos simplesmente “The building was renovated last year”. Nesse caso, a voz passiva é bastante útil, já que não existe a intenção ou a necessidade de nomear o sujeito responsável por essa renovação.
Da mesma forma, a voz passiva também é válida quando a identidade do agente da ação é desconhecida. Quando consideramos, por exemplo, uma notícia que cobre um caso de incêndio, é apenas esperado que leiamos “The fire was started around midnight”, uma vez que não sabemos quem incitou o fogo.
Dessa forma, pode-se concluir que existem variados casos nos quais a voz passiva se mostra muito útil para que um texto possa fluir com mais naturalidade.
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