Na sala de reunião, aquela palavra não vem à cabeça. Justamente aquela palavra, que dá sentido à sua opinião, que conecta as suas ideias. Você busca um sinônimo, tenta um novo caminho, redireciona o discurso e, quando acha que encontrou a saída, acontece de novo. Agora, com uma expressão. Em seguida, com o tempo verbal. E continua a ocorrer, sucessivamente. Apressado, você vasculha as alternativas no baú da mente, mas não encontra o que procura. Você se perdeu no contexto.
Enquanto isso, na sala, os olhares continuam em você e acompanham a transformação do seu semblante, do tom da sua voz. Inseguro diante do novo idioma, você passa a vez ao colega. E quer saber? Tudo bem. Acontece. É assim que ele é e isso é o que ele faz com a gente. Ele: o novo idioma.
Ele te desafia, te lembra da sua incompletude, das suas deficiências, das suas lacunas. Não importa a data da sua certidão de nascimento ou a cadeira que você ocupa, o novo idioma anuncia que é inevitável sair da sua zona de conforto mais uma vez: é preciso aprender e aprender. A bola está com você.
Você pode escolher a escola e confiar no método de ensino, mas a responsabilidade sobre a evolução do aprendizado, no final das contas, cabe a você. Não tem outro jeito e sabe por quê? Você absorve, quando vivencia. Quando escuta e busca compreender. Quando repete a pronúncia uma, duas, três… quantas vezes forem necessárias. Quando capta as peculiaridades do idioma durante uma leitura atenta. Quando atesta suas conquistas e dificuldades na escrita de um texto. Você aprende quando se expõe ao novo idioma e permite se emocionar com ele.
Praticar com vontade e verdade é o que determinará o seu desempenho. É o que fará o conteúdo aprendido em sala de aula habitar a sua memória de longo prazo. É o que irá construir o seu repertório e a sua autoconfiança, seja na sala de reunião ou assistindo à sua série preferida.
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